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Projeto Cirandas para Gostar de Ler

Realização do Projeto Cirandas para gostar Gostar de ler. Só CONTOS. CETI - Cícero Coelho - 2017.




Apresentação do Projeto Cirandas para Gostar de Ler.
Unidade Escolar Itajacy Pacheco Martins.
Uruçuí - PI





A Imagem demonstra crianças em cirandas. Podemos inspirados nesta imagem contemplar, imaginar e produzir um poema, um conto, um ensaio ou uma bela crônica.





O livro Um tributo à natureza editado pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores vem contribuindo com o Projeto Cirandas para Gostar de Ler, pois, além de saudar a natureza por meio de poemas, contos, crônicas e ensaios, traz poemas em formas de cirandas e aborda temas ambientais procurando contribuir com a conscientização e preservação da natureza.






“ Sábio é que
m vive o amor pelas artes, pois assim consegue manter o  espírito e a mente em estado de graça “
CIRANDAS PARA GOSTAR DE LER

Autor: Francisco Martins Silva. Professor, escritor e poeta.
Mês e ano de lançamento: março de 2016

Apresentação
Projeto de iniciativa educacional, pedagógica e literária que tem como principal diretriz a realização de atividades de leituras, que a partir de sua prática venha a despertar nos educandos maior interesse pela leitura , um bom desempenho na arte de ler, como também culminando com melhor aprendizado sobre leitura, interpretação e produção de textos.
A proposta do projeto tem como metodologia a leitura em círculos formando-se em cirandas de leituras, na qual tem como finalidade motivar, exercer e apresentar a leitura por meio de textos literários infantojuvenis ( poemas, contos, crônicas, ensaios, peças de teatro  e outras formas de expressões literárias ) promovendo a apresentação de textos de autores da história literária brasileira, dando ênfase também a autores uruçuienses e piauienses como forma de divulgar e levar ao conhecimento de todos, o celeiro de poetas e escritores que temos em nossa região. Além da forma literária ser bastante reverenciada na forma de cirandas, o projeto em si a partir de textos apresentados como fundamentação para sua execução, demonstra um forte interesse e dedicação ao zelo pelo meio ambiente, a preservação da natureza.
O termo ciranda nos leva ao entendimento de união, unidade, mãos dadas, círculos onde todos podem se verem, se conhecerem, se olharem e se valorizarem num processo coletivo e de comunhão, até na arte literária podemos constatar poemas produzidos numa combinação temática, de conteúdo seja em prosa ou rima o enlace de palavras e versos contextualizando o sentido de uma ciranda.



Ciranda: cantar e dançar na roda ( Poema )

Canta, canta;
Dança, dança;
Canta no som da harmonia,
Dança na roda da diversão,
O som anima a dança
E a roda vira animação.
Canta e dança minha gente,
Faz a voz entoar para na dança nosso corpo se alegrar,
E assim sempre na roda poder cantar e dançar.

O Projeto Cirandas para Gostar de Ler tem em seus princípios a convicção de que a leitura é o verdadeiro caminho para o aprendizado, para a reflexão, para a produção e formação contínua do ser cidadão, e que a cultura, a educação, a cidadania só tem a crescer mais e mais com ética, caráter, inclusão promovendo um mundo mais de paz, sabedoria, conhecimento e partilha.

O dom de ler ( Poema )
Ler é arma do aprendiz,
É o farol na busca do conhecimento,
É o caminhar pelas linhas e entrelinhas
Das palavras e das frases de poder que levam à formação,
É o desdobrar dos pilares
Para o mais alto grau da Educação.

JUSTIICATIVA
A leitura sempre é presente em nossa vida, em nossa cultura, em nossa história; nos desperta a imaginação, a reflexão, o discernimento, nos leva ao aprendizado e ao conhecimento, e até nos eleva ao grande patrimônio cultural: a escrita. Neste contexto o que mais nos fascina é reconhecer que os professores são os principais agentes que promovem esta prática salutar e que a escola é o principal espaço onde esta prática acontece.
PÚBLICO
Todos os educandos em que o referido Projeto possa alcançar.
OBJETIVOS
Promover momentos de leitura compartilhada.
Desenvolver no aluno a facilidade de se expressar em público, inicialmente perante os colegas de sala.
Aproximar os alunos do universo escrito e dos portadores da escrita ( livros, revistas, jornais ) para que possam manuseá-los, apreciar as imagens,  ilustrações e neles despertar  sentimentos, emoções, interesses...
Conhecer autores, suas obras, suas biografias e suas contribuições para com a educação e as artes literárias.
Familiarizá-los com estórias e ampliar seus repertórios.
Motivá-los a escrever, a produzir textos e a encená-los por meio de teatro, paródias, recital de poemas, produção em vídeo, músicas e ilustrações etc.

ANEXOS
Poema

Ciranda de fogo

Labaredas em chamas a dançar
Num ritual de fumaças a exalar,
Vem, oh, fogo, a se movimentar e com a força do vento a bailar,
Que das lenhas de uma fogueira vem a penetrar no nosso olhar,
E vai subindo em chamas ardentes,
Elevando-se no espaço,
Trazendo calor ao tempo
Fazendo tua ciranda num fogaréu intenso
Só pra nos emocionar.


 Outono, singela estação

O dia amanhece,
Ventos sopram na manhã que vem chegando.
Os galhos das árvores não resistem ao manifestar dos ventos,
E muito menos aquelas folhas já secas a se aplainarem ao chão.
Os passarinhos entoam seus cantos comoventes,
Da natureza são aspectos atraentes.
É a delicada brisa de outono que vem,
Toda na mais bela perfeição.
É o outono que se inicia,
Vem ,oh, tempo sereno, acolhedor,
Outono, singela estação.


Conto

O menino Tito e o córrego

Era um córrego de águas cristalinas a cortar aquele sítio de árvores frutíferas e plantações de legumes e hortas, sendo também que naquele sítio criavam várias espécies de animais. Ali viviam seu João e dona Maria, um casal unido e muito trabalhador, pois, viviam de cuidar daquela bela e valorosa propriedade. Eles criavam o menino Tito, um neto do casal, uma criança observadora, inteligente, e, sobretudo, de coração muito bom. Tito vivia a observar seus avós a trabalharem e hora por outra os ajudava nos afazeres. Todos os dias tomavam banham no córrego, pescavam peixe, e ainda, dona Maria apanhava água do córrego para levar para casa, pois, servia para os afazeres domésticos e dar de beber aos animais do sítio. Tito observava que além disso, era do córrego que apanhavam água para regar as árvores frutíferas e as plantações de legumes e as hortas. Tito, como uma criança inteligente percebera que aquele córrego não era só simplesmente águas a passarem em meio a propriedade do sitio, mas, uma fonte geradora de vida e que mantinha toda a sustentação dos recursos de sobrevivência de sua família. O menino então passou a entender que aquele córrego tinha sempre que ser bem tratado, limpo e preservando, não ser poluído e nem desperdiçado, até porque além de sustentar vidas que habitavam o sítio, no próprio córrego viviam seus peixes que também precisavam viver. Então quanto mais o tempo passava, mais em Tito crescia o amor pela natureza e o sentimento de responsabilidade pelo meio ambiente, e sobretudo, pela preservação do córrego que ajuda na manutenção e sobrevivência de todos no sítio de seus avós.


Ensaio

A PONTE DA ALEGRIA

É numa região cercada de serras e montanhas e com um castelo com sua alta torre bem no alto a se avistar, algumas casas cercadas por jardins também se localizam neste fabuloso lugar. Há também uma bela ponte que atravessa o córrego de águas bem claras e límpidas a cortar por meandros esta bela região, e, é na bela ponte que à tardinha meninos e meninas, todas as crianças do vilarejo se reúnem. Elas vão à ponte para brincarem, contar estórias, recitarem poesias, cantarem, tomarem banho no córrego, sendo que também brincam de atravessar a ponte de um lado para o outro, pois, há crianças que moram em um lado do córrego, e, outras, do outro lado, e a diversão é visitar o lado do córrego em que o outro amigo mora, e só ao pôr do sol elas voltam para suas casas.
A bela ponte é a alegria, é a diversão das crianças do vilarejo, pois, além de brincarem e contarem suas estórias, elas também ali aprendem novas brincadeiras e criam novas estórias que servirão de novidade para a tardinha do dia seguinte, é o que as motivam para retornarem à ponte sempre a cada dia. Elas são crianças inteligentes, elas já entendem que a ponte liga fronteiras, une povos, une culturas, promove as relações e favorece a partilha da sabedoria e alegrias, e ainda ajuda na construção de novos ideais.

 Crônica

Um abraço ao lago das águas claras

 Antes era ali um belo lago, de águas claras , limpas, com peixes de várias espécies a habitarem-no, e, também várias plantas aquáticas, vegetações diversas a se instalarem ali no Lago das Águas Claras. Um lago de águas tão úteis que além de possibilitar naquele território um ecossistema favorável aos peixes e plantas aquáticas, também saciava a sede de animais e até das humildes pessoas daquelas proximidades, como também o lazer: crianças a nadarem e velejarem, pois, os pequenos barcos e canoas quando não estavam parados abaixo das árvores nas margens do lago eram de estar com donzelas e jovens enamorados a navegarem pelas suas águas.
Com o tempo o lago foi mudando de feições, com o acelerar do processo urbano em suas proximidades, e com a falta de planejamento habitacional fora sofrendo agressões como acumulações de lixos que o poluíam e afetavam gravemente suas águas, seus peixes e suas plantas aquáticas, meninos e meninas foram deixando de usufruírem do lazer que antes se deleitavam, suas águas já não estavam apropriadas nem para matar a sede dos animais, nem das humildes pessoas que habitavam em suas redondezas. Então começou por um pequeno grupo de pessoas um movimento de luta pela recuperação do lago, pela sua despoluição; grupo este que logo conseguiu mobilizar toda a comunidade, pois, sem ele os peixes, as plantas aquáticas o saciar da sede das pessoas e dos animais e o lazer deixavam de existirem, era o fim do gosto pela vida. É que aquele lago não era apenas um adereço, um aspecto da natureza, e sim uma vida, um ecossistema, um ser vivente, um irmão das outras formas de vida existentes naquela área geográfica, e, por isso, de tanto contribuir com benefícios a todos os seres viventes daquela área pensou-se também de fazer realizar algo pela sua despoluição, pela sua sobrevivência. Notas de reivindicações foram encaminhadas aos políticos locais, cartazes e programas de conscientização ambiental foram divulgados e um compromisso verdadeiro de amor fraterno foi selado pela comunidade em prol da saúde daquele lago.
Um grande trabalho de limpeza foi arquitetado pelos moradores da região, cânticos, poemas com manifestações de amor e zelo foram entoados, caminhadas pacíficas e belas celebrações religiosas foram realizadas e com o passar dos dias o lago foi se recuperando, suas águas foram se revigorando, seus peixes e plantas ganharam forças, e quando a tão sonhada realidade chegou no ponto desejado toda a comunidade reuniu-se de mãos dadas em círculo, numa ciranda ao redor de todo o lago e a dar-lhe aquele abraço fraterno, um grande abraço ao Lago das águas claras com uma mística e espiritualidade ecológica que nunca havia se visto antes, e após  o abraço ao lago todos ali presentes abraçavam-se e exaltavam-se de alegria pelo grande feito.
É importante e urgente que nos tornemos conscientes e possamos sempre selar um compromisso com o meio ambiente, que possamos sempre desenvolver o amor e o respeito pela natureza, e que não fiquemos só a ouvir os lamentos de que o meio ambiente, a natureza ou um lago está sendo poluído, mas, que brote em cada um de nós atitudes verdadeiras que promovam a preservação ambiental, pois, se a natureza precisa de nós, é que nós também precisamos do convívio saudável com ela. 



Das referencias bibliográficas apresentada no projeto.
Todos os textos literários presentes no projeto são de minha autoria, publicados no site Recanto das Letras, Jornal Mundo Jovem, Grupo Editorial Beco dos Poetas e escritores LTDA - São Paulo, Academia de Letras Litteraria Academiae Lima Barreto do Rio de Janeiro e Editora Câmara Brasileira de Jovens Escritores do Rio de Janeiro, sobretudo, o conto O menino Tito e o córrego e a crônica Um abraço ao lago das águas claras, estes em meu livro Um tributo à natureza pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores.



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